Jornal Nova Geração

SEGURANÇA PÚBLICA

Violência contra a mulher aumenta no primeiro bimestre de 2023

Na área de atuação do 40º BPM, crimes como estupro e lesão corporal tiveram mais registros que nos dois primeiros meses do ano passado

Patrulha Maria da Penha atua de forma especializada contra os crimes de violência doméstica na microrregião (Foto: Divulgação)

Os dados referentes a criminalidade no primeiro bimestre de 2023 foram divulgados nessa segunda-feira, 13, pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em um recorte que abrange os municípios atendidos pelo 40ª Batalhão de Polícia Militar (BPM), a maioria dos índices apresentou queda na comparação com o mesmo período do ano passado. Por outro lado, a violência contra a mulher cresceu.

Em nível estadual, o poder público celebra uma redução de 25% no número de feminicídios – foram 20 nos dois primeiros meses de 2022 e 15 em janeiro e fevereiro deste ano. A microrregião teve um registro de tentativa de feminicídio, ocorrido em Estrela em janeiro. Os registros de estupros aumentaram 0,5% no RS (de 387 para 389), enquanto na área de abrangência do 40º BPM o crescimento foi de 80%.

Se no primeiro bimestre do ano passado foram 5 casos, este ano foram 9 ocorrências. Casos de lesão corporal subiram de 24 para 27 no mesmo período. A comandante da 1ª Companhia, capitã Carmine Brescovit, faz um paralelo entre os números de registros e os atendimentos feitos pela rede de apoio à mulher. Ela lidera a Patrulha Maria da Penha, que atua em Estrela, Bom Retiro do Sul, Colinas e Fazenda Vilanova.

Ela acredita que os casos são cíclicos e afirma que existem estudos sobre o assunto. “As estatísticas tem efeito desse ciclo. Se pegar um período maior de análise, percebemos que, por exemplo, em Estrela temos períodos com uma demanda grande de mulheres para ser acompanhadas pela Patrulha, e períodos onde ocorre uma redução muito significativa.”

A comandante aponta que em dezembro eram cerca de 80 mulheres que recebiam atendimento e hoje são 30, em média. “Isso varia diariamente, inclusive, porque nós temos mulheres que são vítimas e fazem o registro, mulheres que fazem o registro e desistem, querem cancelar o registro. Esses fatores acabam contribuindo para esses dados estatísticos.”

Queda nos demais crimes

Uma modalidade de crime que cresceu em 2022, o abigeato teve redução no número de casos no primeiro bimestre de 2023. Foram 5 registros, contra 7 no ano passado. Outros indicadores criminais também caíram na comparação dos períodos, como roubos (-33,3%), estelionatos (-12,4%) e tráfico de drogas (-22,6%).

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: