A vacina de origem chinesa CoronaVac é feita com o vírus inativado: ele é cultivado e multiplicado numa cultura de células e depois inativado por meio de calor ou produto químico. Ou seja, o corpo que recebe a vacina com o vírus – já inativado – começa a gerar os anticorpos necessários no combate da doença. As células que dão início à resposta imune encontram os vírus inativados e os capturam, ativando os linfócitos, capazes de combater microrganismos. Os linfócitos produzem anticorpos, que se ligam aos vírus para impedir que eles infectem nossas células.
A vacina produzida pela Universidade de Oxford, a AstraZenca usa uma tecnologia conhecida como vetor viral não replicante. Utiliza um “vírus vivo”, como um adenovírus (que causa o resfriado comum), que não tem capacidade de se replicar no organismo humano ou prejudicar a saúde. Este adenovírus é modificado por meio de engenharia genética para passar a carregar em si as instruções para a produção de uma proteína característica do coronavírus, conhecida como espícula. Ao entrar nas células, o adenovírus faz com que elas passem a produzir essa proteína e a exiba em sua superfície, o que é detectado pelo sistema imune, que cria formas de combater o coronavírus.
Quero também compartilhar algo interessante que a equipe do Biosofia observou em pessoas vacinadas que contraíram o coronavírus. A fase inicial onde a pessoa apresenta antígenos mudou: se antes contagiava por 10 dias passou para 2 a 3. A rapidez da formação de anticorpos IgM e IgG é muito célere. Quem não foi vacinado pode apresentar anticorpos a partir de 14 até 60 dias. Mas em vacinados que contraíram o vírus, o resultado deste tempo foi de 5 a 10 dias. Mesmo havendo registro de poucas pessoas, isto é a maravilha da ciência. Por isso tudo, com esse contexto se apresentando, e visivelmente demonstrando que as vacinas têm um efeito benéfico, é necessário que avancemos nas imunizações.