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Sem benefício do INSS, mulher implora por ajuda

ESTRELA – Luci Aguilar Schmidt, de 44 anos, já fez sete cirurgias. Ela foi diagnosticada com doença severa de Crohn e há pelo menos cinco anos não consegue trabalhar, já que vive com bolsa de colostomia e uma ferida praticamente aberta na barriga, pois precisou retirar 1,4 metro de intestino.
Não bastasse as complicações da enfermidade, Luci mora sozinha e a família, que mora longe, não tem condições de ajudá-la. Na pequena casa onde reside, no Bairro das Indústrias, a companhia é apenas da cachorrinha. “Eu trabalhava como doméstica, trabalhava tanto que não ia nem no médico. Eu sentia muita dor abdominal, comecei a ter sangue nas fezes e precisei pedir ajuda para um médico e ninguém conseguia achar o que tinha. Essa doença é pior que câncer”, disse.
Quando conseguiu o diagnóstico e sem ter condições de continuar trabalhando, Luci entrou com um pedido de aposentadoria por invalidez, que, segundo ela, foi negado pelo INSS. Além disso, ela tem cerca de três meses de benefício atrasado e este ano fará uma nova cirurgia. “Eu vivo à base de morfina. O valor deste mês foi liberado, mas tenho valores atrasados. Sobre a aposentadoria, encaminhei há mais de dois anos, sendo que primeiro fui lograda por um advogado, que nem me avisou que foi negado e fugiu com meu dinheiro”, lembra, emocionada.
Sobre o caso, a assessoria de imprensa do INSS disse que, em respeito ao sigilo das informações pessoais dos cidadãos, “não fornece dados sobre os benefícios e serviços requeridos”. “Eu não posso esperar, eu estou sem receber, passando dificuldade. Contribuo desde 1992, é direito meu”, desabafa.

Cesta básica

Além do benefício negado, Luci disse que já procurou ajuda da Prefeitura de Estrela, em dezembro, para receber mais uma cesta básica, já que a situação financeira estava complicada pela falta da liberação do benefício do INSS, mas que foi informada de que não havia nenhuma disponível. “Fui lá e me disseram que eu precisava esperar. Eu me pergunto todo dia porque insisto em viver, porque sou pouco abraçada. Eles me disseram que têm gente na frente, mas eu tenho prioridade, eles sabem da minha história, eu liguei implorando, mas disseram que não tinha nada pra mim”, diz. “Tem mãe e filha que moram na mesma casa, dizendo que moram em endereços diferentes, ganhando duas cestas, por isso não tem”, acrescenta. Na ocasião, ela foi informada de que teria que ligar este mês, para ver a disponibilidade de receber o kit. “Liguei nesta quinta-feira e me disseram que, por causa da troca de governo, é para ligar semana que vem, pois mudou a gerência.” A Prefeitura de Estrela foi procurada para se manifestar ainda em dezembro, pois a distribuição das cestas é realizada pelo Cras, mas não se posicionou sobre o caso.

Para ajudar

Luci precisa de ajuda financeira para pagar o aluguel da residência onde vive, quitar contas da casa e comprar medicamentos e itens necessários ao tratamento, já que alguns não são custeados pelo poder público. Além disso, ela afirma que precisa de alimentos. Depois de uma matéria publicada no Facebook do Jornal NG, ela disse que já recebeu ajuda de pessoas de diversos estados do país, como Manaus, Curitiba e Brasília.

Agência 0473 (Caixa Econômica Federal)
Operação: 013
Conta: 00074032-7
CPF: 894875670-20
Para ter mais informações sobre o caso, o contato é o 99910-2592 (com WhatsApp).

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