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ESTRELA

Professores avaliam entrar na Justiça por piso salarial

Categoria argumenta que houve tratativas desde janeiro, no intuito de definir um formato para o aumento

Manifestação ocorreu durante a sessão da câmara, na segunda-feira. Crédito: Jhon Willian Tedeschi

As negociações entre a Associação dos Professores Municipais de Estrela (Aprome) e o governo municipal para reajuste no salário base da categoria seguem travadas. A entidade prepara uma mudança na estratégia, ao alegar falta de diálogo por parte dos gestores, e mantém planos de ingressar com uma ação judicial para garantir o aumento.

Na sessão da câmara de vereadores da segunda-feira, 22, um grupo com cerca de 20 professores foi ao plenário e levou faixas com reivindicações para o pagamento do piso. Nos bastidores, parte dos docentes foi ao encontro do vice-prefeito João Schäfer para relatar a situação e buscar um posicionamento do executivo. Alguns parlamentares também participaram da conversa.

A categoria argumenta que houve tratativas desde janeiro, no intuito de definir um formato para o aumento. A associação relata ter feito contato com as secretarias da Educação e Fazenda, e uma tentativa de agenda com o prefeito Elmar Schneider. “Uma administração que preza a qualidade de vida e o bem estar da população deveria começar com a valorização dos profissionais que atuam diretamente com as futuras gerações”, diz a Aprome em nota.

Reforço no caixa

O governo federal confirmou no fim de março o valor que Estrela recebe do Fundeb, pelo aumento no número de matrículas. O município passa a receber R$ 1,2 milhão a mais para custeio das novas turmas. Um estudo preliminar sobre os impactos do reajuste no orçamento indica que seriam necessários R$ 3,6 milhões para viabilizar o pagamento do piso.

A promessa era de um novo encontro após o anúncio do reajuste do recurso. Depois isso, a Aprome encaminhou um ofício em busca de uma reunião com o executivo municipal, sem que houvesse resposta.

Decisão da categoria

No dia 5 de maio ocorreu uma assembleia onde a situação foi relatada pela diretoria da associação e uma assessoria jurídica apresentou as possibilidades de movimentos para a categoria. Ficou definido que os professores vão ingressar com uma ação judicial para buscar o reajuste – apenas falta definir se a ação será coletiva ou de forma individual por cada profissional.

Diálogo esgotado

Em 2022 o reajuste foi anunciado apenas em outubro e parcelado em três vezes, com a última parte do escalonamento pago em janeiro deste ano. Havia uma preocupação por parte da Aprome que a situação pudesse se repetir em 2023.

No entendimento da associação, as possibilidades de diálogo com o governo se esgotaram. “O reajuste do ano passado foi pago só em janeiro de 2023 e para este ano estamos indo para junho e nada acontece”, realça a presidente da Aprome, Letícia da Silva dos Santos. A reportagem tentou contato com a administração municipal através da assessoria de comunicação e não obteve retorno até o fechamento desta edição.

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