Jornal Nova Geração

Município planeja mutirão de limpeza

(Fotos: Carlos Eduardo Schneider)

Administração Municipal programou para o dia 31 um mutirão de limpeza na Cascata Santa Rita. O trabalho, uma das primeiras ações para revitalizar o local, deve contar com o apoio do Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e Defesa Civil. Localizada em Linha São Jacó, a área de 1,64 hectares estava cedida à ALS Geração de Energia, de Santa Catarina, desde 2017. A empresa, no entanto, desistiu de investir, deixando o local abandonado e exposto à ação de vândalos. A rescisão do contrato de cedência passou a  valer no dia 19 de julho, quando a Prefeitura de  Estrela  voltou a ter o domínio da estrutura, que já foi um dos principais pontos turísticos da cidade.

“Ela ainda tem até hoje as mesmas  condições  naturais e de paisagismo para, num futuro próximo, se tornar uma área de grande importância ecológica e turística para o município”, declarou o biólogo da prefeitura, Emerson Musskopf. “Claro que, em função de ela  ter sido cedida  a  uma  empresa particular, que não levou adiante os planos econômicos da construção de uma hidrelétrica, ela acabou se transformando em uma área abandonada.” Além do gerenciamento do lixo depositado nas margens, um plano se segurança precisa ser elaborado.

Revitalização

Tanara e Emerson: mutirão de limpeza deve ocorrer na próxima semana

O município ainda busca recursos no orçamento para atender às demandas de revitalização da Cascata Santa Rita. “Estamos procurando investidores para auxiliar na implementação das melhorias que desejamos”, explica a diretora de Meio Ambiente da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação de Estrela, Tanara Schmidt. Entre as iniciativas, estão plano de paisagismo, cercamento, instalação de lixeiras, iluminação, monitoramento e segurança do local. Também é pleiteada a criação de trilhas para caminhadas ecológicas.

Segundo o prefeito Elmar Schneider, o rompimento com a empresa vencedora da licitação visa a preservação do patrimônio. “Vamos transformar a Cascata da Santa Rita num dos maiores pontos turísticos da nossa região, para não dizer do nosso Estado.”

“Sempre esteve abandonada”

João Eidelwein, de 47 anos, mora há mais de 20 nas proximidades da Cascata Santa Rita. Nesse período, não viu nenhuma ação para preservar o local. “As pessoas vêm aqui para usar drogas, fazer rituais e tudo mais que possam imaginar”, desabafa o criador de gado de corte, que nunca viu um guarda-parque nas imediações. “Pode ser que eles tenham passado, mas parado para recolher lixo, cuidar do local, nunca. A cascata sempre esteve abandonada.”

Outra reclamação de Eidelwein é a falta de iluminação. “Eu coloquei luz aqui na frente de casa. Se dependesse da prefeitura, estaríamos no escuro”, disse. A cascata não possui latas de lixo. É grande o volume de resíduos deixados pelos frequentadores, além do que desce do arroio e fica acumulado nas quedas. “Bastaria alguns tonéis. Certamente, as pessoas procurariam colocar o lixo lá. Toda segunda-feira passa caminhão aqui, então esse lixo seria recolhido”, enfatiza.

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