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ESTRELA

Município inicia novo processo de exumações

Familiares devem procurar o departamento responsável para agendar o momento de fazer a remoção dos restos mortais. Um memorial está projetado para ampliar a capacidade do cemitério de Novo Paraíso

O Departamento de Desenvolvimento Social prepara uma ampliação na disponibilidade do Cemitério Municipal de Novo Paraíso. Para isso, convoca pessoas que tenham entes queridos sepultados no local há mais de três anos. A lotação nas gavetas também motiva o chamado aos familiares.

A dificuldade em encontrar esses parentes é o grande desafio, de acordo com a diretora do setor, Tatiana Oliveira. Ela pontua que, desde os primeiros sepultamentos, entre 2008 e 2009, muitos mudaram de endereço ou contato telefônico.

Alguns familiares já buscaram o serviço, que é feito por uma empresa especializada, após a formalização do procedimento. “Tendo a ciência da família, fazemos a remoção com o devido acompanhamento, tudo com data e hora marcada”, explica Tatiana. A recolocação será em um memorial no próprio cemitério de Novo Paraíso, sem custos para os parentes.

O cemitério conta com 575 gavetas e o ideal é que 20 gavetas estejam liberadas, no entanto apenas cinco estão vagas. “Chegou um momento em que o cemitério não tem mais para onde crescer”, diz a diretora. Conforme o Código de Posturas de Estrela, as exumações podem ser feitas a partir de três anos após o sepultamento.

Em paralelo, o município fará a remoção de outros túmulos, próximo às gavetas, onde é construída uma nova estrutura. “Isso vai demorar um tempo, depende de projeto, arquiteto, liberação e tudo mais”, aponta Tatiana. Ela sinaliza que as intervenções não devem começar no local antes de agosto.

Comissão para organizar processo

No dia 7 de junho ocorreu uma reunião e foi criado um grupo de trabalho junto a câmara de vereadores, para qualificar a busca pelos familiares. A partir daí, foram feitas seis exumações, e até o final desta semana devem ser feitas mais dez remoções.

As famílias têm de 30 a 40 minutos para acompanhar a exumação. “Estamos cuidando das questões de forma específica, com todo o respeito do mundo. Cada indivíduo tem sua história. É quase um segundo luto”, pondera Tatiana.

Retiradas geraram polêmica

No dia 22 de dezembro do ano passado foram feitas as primeiras exumações nas gavetas. Tatiana lembra que as famílias exigiram um contato prévio para pudesse haver um acompanhamento, uma vez que houve a alegação da falta de aviso. “Depois disso nós decidimos fazer uma convocação para que eles nos encontrassem”, finaliza.

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