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ESTRELA

Monitores reforçam pedido por plano de carreira

Com um dos salários mais baixos da região, grupo forma associação para levar demandas ao Executivo. Governo sinaliza de forma positiva à valorização dos profissionais

Atuação dos monitores é considerada desvalorizada pela associação, que busca um plano de carreira que proporcione uma continuidade dos profissionais. Crédito: Divulgação

Em busca de maior reconhecimento, os monitores contratados pelo município articulam as possibilidades da implementação de um plano de carreira. Inspirados pelo exemplo de Venâncio Aires, única cidade da região com esse tipo de planejamento. A partir da criação de uma associação, os servidores ampliaram as negociações, junto a secretarias da Educação e da Fazenda.

Um dos principais objetivos dessa valorização é evitar a rotatividade no quadro funcional. A Associação dos Monitores e Auxiliares da Educação de Estrela (Amae) fez um estudo onde revela que o município tem o segundo salário mais baixo para a função no Vale do Taquari. Após o reajuste de 10,96% nos vencimentos dos servidores, o valor-base recebido pelos monitores e auxiliares de creche está em cerca de R$ 1,5 mil.

O plano de carreira levaria em conta a formação dos profissionais, escalonados por graduação, pós-graduação e mestrado. Em Venâncio Aires existe uma comissão que avalia o desempenho dos profissionais, a cada três anos, para definir sobre os avanços salariais, o que não será utilizado em Estrela. “Temos que entender a realidade econômica do município”, pondera o advogado e vereador Valderês Oliveira da Rosa, que atua como representante jurídico do grupo.

Na última sessão do legislativo no ano passado foi aprovada a contratação temporária de 127 monitores. Para minimizar os custos oriundos dessas nomeações, a proposta também prevê que os funcionários de carreira possam atuar em regime complementar e com a possibilidade de fazer horas extras. “Evitaria a necessidade de ter esses contratos emergenciais”, diz Rosa.

O município conta com cerca de 120 monitores concursados – ao somar os auxiliares de creche, cargo em extinção no organograma da educação, o número chega a 150, distribuídos nas 13 Escolas Municipais de Ensino Infantil (Emeis). Os profissionais atuam com contratos de 30 horas semanais, sem a possibilidade de acúmulo de cargos públicos. O advogado destaca que “a grande maioria dos monitores são pós-graduados”.

Apoio do governo

Ao levar o pedido à administração, ainda no fim do ano passado, foi entregue também um estudo de impacto. Os números não são detalhados pela Amae, mas a entidade garante que a influência no orçamento seria “quase inexistente”. O grupo articulou com a secretária da Educação, Elisângela Mendes, para levar a proposta ao prefeito Elmar Schneider, que sinalizou “ser importante buscar o reconhecimento”.

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