Jornal Nova Geração

Mês de alerta para os homens

Ezequiel Matos

VALE DO TAQUARI – No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do de pele não melanoma) e a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de que 65.840 novos casos devem surgir até o final deste ano. Na fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Detecção precoce

A detecção precoce do câncer é a melhor estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e possibilitar melhor chance de tratamento e cura. De acordo com o urologista do Hospital Estrela, Ezequiel Matos, a recomendação da Sociedade Brasileira de Urologia e das principais Sociedades Internacionais, é o exame do toque retal e do PSA anualmente, a partir dos 50 anos ou a partir dos 45 anos caso seja da raça negra ou que tenha algum familiar de primeiro grau acometido pela doença.

Tipos de exames:

– Dosagem de PSA: exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico;
– Toque retal: como a glândula fica em frente ao reto, o exame permite ao médico palpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença). O toque é feito com o dedo protegido por luva lubrificada. É rápido e indolor, apesar de alguns homens relatarem incômodos e terem resistência em fazer o exame.

Tratamento:

Nenhum dos dois exames têm 100% de precisão. Por isso, são necessários exames complementares. A biópsia é o único procedimento capaz de confirmar o câncer. A retirada de amostras de tecido da glândula para análise é feita com auxílio da ultrassonografia. Confirmada a doença, a escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

Fique alerta

– Cerca de 75% dos casos da doença ocorrem a partir dos 65 anos.
– Alguns tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.
– Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata avançado.
– Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata.

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