Jornal Nova Geração

Mães solo!

ESTRELA – A maternidade por si só já é um desafio e ter uma rede de apoio é fundamental. Mas e quando nem o pai está presente? Ser mãe solo é ter um desafio duplo e diário. É o caso de duas jovens de Estrela, Mônica Schmitz, de 23 anos, e Pâmela Prates, de 26 anos, que neste domingo, comemoram o primeiro Dia das Mães com as filhas no colo.

Mônica & Luna

Moradora do Bairro Oriental, Mônica descobriu a gravidez aos 22 anos. Não tinha planos para ter filhos. Quando recebeu o positivo no teste de gravidez vivenciou um misto de emoções. “Fiquei pensando: que loucura, vou ser mãe, mas, ao mesmo tempo, pensei que massa, nunca mais vou estar sozinha”, conta.
Logo no início, quando contou da gravidez, algumas pessoas não aceitaram. “Isso porque eu logo assumi ela sozinha. Minha mãe, não tenho nem o que falar, me ajudou desde o primeiro dia”, lembra.
No dia do parto, Mônica estava acompanhada da mãe e de duas amigas: uma delas que também estava dando a luz no mesmo dia. “Só vi que ela era a cara da minha mãe. Não sei nem explicar o sentimento, estava em choque”, conta. “Amo ela cada dia mais. Ela preencheu um vazio que nem eu enxergava.”
Atualmente, Mônica está desempregada. Ela trabalhava em uma fábrica de calçados que fechou por conta das dificuldades enfrentadas com a pandemia. “Estou mantendo com o seguro desemprego e vou ter que procurar outro serviço. No momento, eu fico com a Luna direto, porque não tem creche, mas se eu achar outro emprego, minha mãe e meu pai terão que cuidar dela.” 

Pâmela & Ágata

Pâmela engravidou aos 25 anos e conta que a filha Ágata foi planejada. Ela sempre teve o sonho de ser mãe e de ter uma companheira. “Eu sentia que faltava algo na minha vida”, conta. Pâmela teve um relacionamento de seis meses, mas ficou solteira quando estava grávida de cinco meses. “Foi um relacionamento complicado e ainda é. O pai é mais novo e essa ideia de ter uma família foi algo difícil”, diz. “Eu tive muita ajuda das minhas amigas e dos meus pais, que sempre me acolheram. Isso foi o mais importante”, lembra.

Além disso, ela chegou a morar durante um período em Alvorada, com o então namorado, mas quando a sogra descobriu a gravidez foram mandados embora. “Retornei para a casa dos meus pais, continuei trabalhando e só parei um mês antes do nascimento”, conta.
Além de trabalhar na área de vendas, Pâmela atua como fotógrafa para ter uma renda extra. “Agora com a questão da Covid-19 está bem complicado, estou morando sozinha no Bairro Pinheiros, então todo dia ela fica com meus pais, que me ajudam muito. Sozinha não é fácil bancar uma casa e uma criança. Até porque a pensão eu recebo irregular, ele paga quando quer.”

No dia 24 deste mês, Ágata completa um ano. Além do aniversário, a data marca as transformações pelas quais a jovem passou.“Ser mãe para mim foi uma transformação. Eu mudei muito, tanto nos meus pontos de vista, quanto no relacionamento com minha mãe. Todo dia eu aprendo alguma coisa com a minha filha. A evolução deles é incrível. Ela chegou para me transformar, tanto como mãe, quanto como amiga e filha”, comenta.

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