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ESTRELA

Languiru investe R$ 40 mi no Porto e planeja centro comercial na Polar

O antigo complexo cervejeiro deve contemplar supermercado, agrocenter, farmácia, lojas e restaurante. Na área portuária, cooperativa prevê redução nos custos de armazenagem de grãos

Área adquirida pela cooperativa deve resolver gargalo logístico na produção de grãos (Foto: Maciel Fischer/Divulgação)

Em comemoração ao aniversário de 67 anos, a Languiru anunciou investimentos no Porto de Estrela e no complexo na antiga cervejaria Polar. As novidades foram divulgadas pelo presidente Dirceu Bayer em evento na sexta-feira passada, 11. Desta forma, a cooperativa aposta no desenvolvimento do complexo cervejeiro e será a segunda empresa a ocupar a área portuária.

A compra de aproximadamente 70% da área do Porto foi efetivada nessa quarta-feira, 16, com investimento de R$ 40 milhões. Desta forma, a cooperativa é a segunda empresa a ocupar a área portuária desde a municipalização. Segundo o presidente Dirceu Bayer, a aquisição representa um salto do sistema de armazenagem da produção. Serão dez silos com capacidade total de 30 mil toneladas.

Com dificuldades de armazenar a produção atual, o espaço no Porto atenderá as necessidades da cooperativa. Previsto para receber produção a partir de janeiro de 2023, a área adquirida será central de operação para armazenagem de milho e soja, entre outros produtos. A instalação no espaço também deve auxiliar na redução de custos.

Bayer destaca que o fator logística foi decisivo para escolha da área. Além de o Porto estar situado próximo à BR-386, o complexo está pronto para utilização da hidrovia, bem como os trilhos do trem, que atravessam o terreno. “Tem túneis prontos para escoar a produção, falta a hidrovia ser ativada e os trilhos voltarem a funcionar. É um anseio regional que queremos tornar realidade”, afirma.

O presidente explica que desta forma, a Languiru pode avaliar o investimento em comprar estratégicas, devido a grande capacidade de armazenamento e sem custos de aluguéis. “Queremos o espaço pronto para poder comprar de todo o RS e também de outros estados”, destaca.
Na avaliação da cooperativa, o espaço adquirido não necessita de grandes reformas. Desde a semana passada, equipes trabalham na limpeza e adequação do local, bem como preparar as bases de trabalhos. Cerca de 15 funcionários devem ser designados para trabalhar no Porto e todas as licenças estão liberadas.

Centro comercial na Polar

O projeto de instalar um centro comercial no pavilhão do antigo complexo deve prevê o investimento de aproximadamente R$ 10 milhões, conforme Bayer. O objetivo é implementar supermercado, agrocenter, loja e restaurante rooftop com vistas para o Rio Taquari. Segundo o presidente, o projeto arquitetônico está pronto e, ainda que o foco seja inovação, a estrutura histórica será mantida.

A intenção é que as melhorias no prédio iniciem entre o segundo semestre de 2023 ou a partir de 2024. No entanto, o repasse dá aŕea à cooperativa pelo município, por meio de parceria público-privada, deve receber o aval da câmara de vereadores. Caso aprovado, o centro comercial deve ficar pronto entre cinco ou seis anos.

“O ritmo das reformas depende do nosso resultados no próximo ano. A partir de agora os investimentos estão suspensos e vamos nos concentrar para as melhorias na Polar. Não descartamos vender outras unidades para fazer caixa. Queremos ampliar a diversidade de produtos e isso também nos trará recursos”, destaca o presidente.

Na avaliação de Bayer, o projeto deve impulsionar a geração de empregos e renda em Estrela. Após a finalização das obras, a quantidade de pessoas a visitar o local, que é considerado histórico, deve aumentar consideravelmente. Para atender os visitantes, também será necessário um grande número de funcionários. Um dos objetivos da cooperativa, é apostar na venda de cervejas, devido ao polo cervejeiro que era o complexo.

“Vai ser um atrativo enorme. Vai impulsionar tanto Languiru, quanto Estrela. De forma regional e estadual. Vai ter conforto, qualidade de vida e bem-estar. Isso vai nos ajudar a ser um dos melhores no mercado. A partir de agora estamos com grande expectativa, principalmente em relação ao Porto, que já está concretizado”, avalia Bayer.

Investimentos em Estrela foram detalhados em evento de aniversário para associados na sexta-feira, 11 (Foto: Felipe Neitzke)

Utilização do complexo

A Polar fechou as portas no ano de 2006. Após, foi adquirida pelo Executivo por cerca de R$ 1,4 milhão. A cervejaria que por anos movimentou a economia de Estrela e gerou empregos, aos poucos é ocupada por empresas privadas.

Hoje, boa parte da estrutura é administrada pelo Executivo. No prédio fica instalada a Secretaria de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade (Sedis), Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), parte da área foi doada ao Foro Trabalhista de Estrela e outras áreas pertencem a empresas privadas. Atualmente, o governo municipal busca parcerias para investir no complexo.

De acordo com a secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade , Carine Schwingel, a iniciativa da cooperativa em anunciar o investimento pode impulsionar o processo. “Assim como há conversas com a Languiru, outras empresas também verificam a viabilidade de se instalar no complexo. Agora que foi anunciado, vamos dar seguimento a este processo”, destaca.

Aval da câmara

O projeto deve ser apresentado nas próximas semanas aos vereadores de Estrela. Caso aprovado, a área do pavilhão da Polar será destinada à cooperativa que investirá cerca de R$ 10 milhões em benfeitorias na estrutura.

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