Jornal Nova Geração

ENTREVISTA

Inadimplência do free flow no RS é próxima de 10%

Segundo secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, os números foram registrados nos primeiros 20 dias de operação na ERS-122. Na Rio/Santos, chega em 18%. Estado projeta leilão de rodovias do Vale no segundo semestre de 2024

Primeiro pórtico do sistema free flow em uma rodovia estadual do país fica ERS-122, entre os municípios de Flores da Cunha e Antônio Prado (Foto: Divulgação / governo do Estado)

O primeiro relatório do funcionamento da cobrança de pedágio em modelo free flow no RS aponta baixa inadimplência. O modelo com pórticos e sem paradas na ERS-122, entre os municípios de Antônio Prado e Flores da Cunha, aponta evasão de 10% a 12% nos primeiros 20 dias. A operação começou em 15 de dezembro. Para efeitos de comparação, na Rio/Santos o índice é de 18%.

Os dados foram apresentados pelo secretário de Parcerias e Concessões do Estado, Pedro Capeluppi, em entrevista ao programa Frente e Verso desta sexta-feira, 5. O Vale do Taquari vive expectativa com a publicação do edital para licitação da concessão das rodovias ERS-130, ERS-129, RSC-453, do bloco 2.

A análise na ERS-122 faz parte de estudo para rever pontos para um leilão bem-sucedido. A possibilidade de implementar o free flow passou a ser possível no fim de 2022, com a aprovação de resolução do Contran. A partir disso, uma série de oportunidades foram conquistadas para um desenho de contrato mais justo aos usuários das vias.

“Todas as discussões são impactadas pela escolha dos locais das praças de pedágios e quando temos a possibilidade de usar o free flow. Isso abre um novo horizonte. É o que temos estudado em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Começar a utilização do free flow em todo o Brasil de maneira robusta”, descreve.

Ele diz que a instalação do sistema de cobrança free flow em todo o bloco 3, em substituição às praças de pedágio, tem impacto positivo para o bloco 2. Isso porque ao final da estruturação do bloco 2, haverá um sistema testado e em pleno funcionamento no estado.

Prazo para publicação do edital de concessão

O BNDES, junto com as consultorias contratadas, refez estudos de demanda para ver quantas pessoas utilizam cada um dos trechos das rodovias do bloco e fizeram também trabalho de revisão do cadastro das obras que são necessárias para melhorar o nível do serviço de todo o conjunto de rodovias. “A previsão é de que no começo de fevereiro ou março possamos iniciar as discussões com as lideranças locais e a sociedade para fazer a revisão dessas obras e análise da engenharia da localização dos futuros pórticos.”

Capelucci acrescenta que o cronograma deve seguir da seguinte forma: no primeiro semestre a documentação deve ser finalizada. No segundo semestre, ocorre o leilão. Ele explica que é preciso fazer um equilíbrio entre a receita das tarifas e a quantidade de obras para que no final do processo todos estejam satisfeitos com o pedágio que vai pagar e com as obras que vai receber.

Tarifa a ser cobrada

Para o secretário, é cedo falar sobre o valor, pois precisa ser feita a engenharia de colocação dos pórticos. O número de motoristas que passam em cada ponto do conjunto de rodovias é diferente. “Os pórticos precisam ser colocados de maneira que essa tarifa arrecadada seja capaz de sustentar esses investimentos previstos.”

Assista a entrevista na íntegra

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