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ESTRELA

Impasse com Círculo Operário trava plano de extensão de rua

Uma das soluções propostas para aliviar congestionamentos no centro da cidade é a obra de extensão da rua Ernesto Alves. Mudança do Círculo Operário emperra o processo. Ideia está em discussão desde o ano passado e foi reforçada após estudo de mobilidade

Círculo Operário atua no endereço desde 1961 com serviços comunitários (Foto: Jhon Willian Tedeschi)

Proporcionar uma maior fluidez no trânsito das principais vias do município gerou a necessidade de uma análise mais profunda das condições de tráfego. A contratação de uma consultoria no ano passado resultou em algumas propostas de melhorias. Uma delas é a abertura da rua Ernesto Alves, entre as ruas Treze de Maio e Dr. Tostes, onde hoje estão sediados a Secretaria da Agricultura e o Círculo Operário.

A medida destravaria o trânsito na região, sobretudo como uma alternativa à rua Júlio de Castilhos, única opção para quem precisa subir da rua Bruno Schwertner em direção ao centro. Isto facilitaria a movimentação na área central, com a premissa da eliminação de conflitos de tráfego. Outro reflexo seria a criação de um acesso quase direto à chamada Ponte Baixa, na rua Joaquim Nabuco.

O debate sobre a intervenção se intensificou no ano passado, com a oferta de uma permuta com a entidade para que o imóvel seja liberado para a extensão da via. Localizado ao lado da câmara de vereadores, o Círculo Operário Estrelense (COE) mantém a sede no mesmo endereço há mais de 60 anos. Junto ao prédio, foi instalado um terminal de ônibus, existente desde os anos 1980, que atende à algumas linhas intermunicipais.

O secretário de Administração e Segurança Pública, César Augusto Pereira da Silva, afirma que o rearranjo interno está encaminhado, com a mudança dos departamentos da Agricultura, hoje sediados na Treze de Maio. “Está quase acertado”, diz o gestor, sobre o novo local, ainda não revelado. A tendência é que se mantenha no centro, para manter os principais serviços públicos próximos uns dos outros.

Por outro lado, realocar o Círculo Operário desafia o secretário, que tinha o objetivo de resolver a questão até o fim do ano passado. A grande dificuldade é encontrar um local que esteja de acordo com as necessidades da entidade. “Eles querem uma sala ampla no centro. Fechando isso, podemos abrir a rua”, pontua Silva.

A reportagem não conseguiu contato com a diretoria do COE até o fechamento desta edição.

Melhorias na sinalização, como faixas de segurança,
são feitas nas principais vias de acesso ao centro da cidade (Foto: Rodrigo Nascimento/Divulgação)

Melhorias em andamento

Em paralelo à negociação para abertura da Ernesto Alves, o Departamento de Trânsito aproveita o período com menor fluxo de veículos nas ruas e faz ajustes pontuais, sobretudo na sinalização. O trabalho para repintura dos indicativos horizontais, como faixas de segurança e pontos de conversão. “A concentração dos serviços está nos principais acessos da área central”, aponta o coordenador do setor, Frederico Diehl.

Passagens como na rótula das ruas Coronel Müssnich e Bruno Schwertner, nas proximidades da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Estrela, e na passagem entre a Bruno Schwertner, Júlio de Castilhos e Geraldo Pereira, ao lado do Parque Princesa do Vale, foram reposicionadas. A indicação foi feita no estudo de mobilidade urbana apresentado em novembro.

Outra ação derivada da análise feita pela consultoria, foi a extinção dos estacionamentos no lado direito da rua Marechal Floriano, no trecho entre a Ernesto Alves e a Coronel Müssnich, para facilitar a passagem em direção à saída do centro.

Aumento na fiscalização

A atuação dos agentes de trânsito, que iniciou em janeiro, ganhou mais uma atribuição. Conforme regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as vagas para idosos e deficientes físicos deverão ter placas que mencionem a necessidade de ter uma credencial específica. “Vamos intensificar essa fiscalização para saber se quem estacionou no local está realmente apto”, explica Diehl.

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