O preço para os usuários de táxi no município voltará a ter reajuste após quatro anos. O governo publicou decreto no Diário Oficial da terça-feira, 5, e confirmou o aumento de 11,73%. A medida passa a valer após a aferição dos taxímetros pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
A legislação específica para o setor indica que se crie uma comissão para a reavaliação dos preços a cada ano. Para os profissionais, a medida visa cobrir a defasagem nos custos de operação. Com o aumento dos combustíveis e da manutenção, motoristas procuraram o governo para negociar um ajuste tarifário.
O reajuste foi calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O coordenador do Departamento de Trânsito, Frederico Diehl, pondera que o aumento deveria atender às necessidades dos taxistas, mas sem afetar tanto os passageiros. “São preços alinhados à realidade regional, próximos aos praticados em Lajeado, por exemplo”, explica.
Para os motoristas, o aumento na tarifa não deve influenciar na adesão dos passageiros. “Uma corrida que custa 20 reais, passa a ser 24 reais, muda muito pouco”, diz o taxista Orlando Luiz Tresoldi, 64, que atua na função há dois anos.
O serviço conta hoje com 27 profissionais. Nas licitações feitas em 2018 e 2019, foram 36 motoristas designados para atuar em Estrela – desde então, nove deles desistiram dos postos. O ponto com o maior número de carros fica na Rodoviária, com oito veículos.
Clandestinos são barreira
A maior dificuldade, de acordo com os profissionais, é a presença de motoristas não regulamentados no município. Eles não se enquadram na chamada “lei dos taxistas”, que obriga os proprietários de táxis a fazer vistoria anual nos veículos, que devem ter no máximo cinco anos de fabricação. “Os clandestinos andam com carros batidos. Deveriam tratar todos de forma igual”, reclama Tresoldi.
A nomeação de agentes de trânsito deve amenizar o problema, de acordo com o setor responsável. “Uma forma de combate é a regulamentação do transporte por aplicativo, o que desencorajaria os clandestinos”, pontua Diehl.