Jornal Nova Geração

TEUTÔNIA

Família busca apoio para tratamento milionário contra câncer raro em criança

Medicamentos para tratamento do chamado neuroblastoma custam quase R$ 1,8 milhão e devem estar disponíveis até março. Pais deixaram empregos para se dedicar aos cuidados com o pequeno Theodoro

Rotina da família envolve idas frequentes a Porto Alegre para o tratamento do filho, no Hospital de Clínicas (Foto: Arquivo Pessoal)

Os pais de Theodoro Carvalho Lappe, de dois anos, moradores de Teutônia, procuram viabilizar o tratamento médico contra o neuroblastoma. A doença se trata de um câncer encontrado em glândulas que normalmente ficam acima dos rins, mas que pode se desenvolver na barriga, peito, pescoço, pelve e ossos. A condição é considerada muito rara, com menos de 15 mil casos anuais no Brasil. Os custos para a medicação chegam a R$ 1,78 milhão e a família pede ajuda para custos básicos, uma vez que deixaram os trabalhos para dedicarem-se de forma exclusiva ao filho.

O menino foi diagnosticado com a doença em setembro deste ano e passou por dois ciclos de quimioterapia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), até o dia 18 de dezembro. Após uma bateria de exames foi descoberto um tumor de 12 centímetros nos rins e que havia se espalhado para a medula. “A doença do Theodoro se manifestou depois que ele caiu em um brinquedo. Fomos fazer uma investigação, porque ele sentia muita dor nos joelhos”, relata Maiquel Carvalho Lappe, pai da criança.

As idas e vindas à capital são diárias, de acordo com Maiquel, e a partir do próximo dia 8, será feita mais uma bateria de quimioterapias. Depois das sessões, na segunda metade de janeiro ocorre a coleta da amostragem da medula, com a expectativa do transplante para fevereiro. Após isso, o medicamento Qarziba (Dinutuximab beta) deve estar disponível para a sequência do tratamento. De acordo com laudo médico, o remédio traz melhora de 20% na sobrevida do usuário e, caso não seja utilizado, a chance de evolução para óbito sobe para 75%.

A busca da família pelo medicamento ocorre de forma judicial, conforme explica Maiquel. “Entrei em contato com o Fórum, encaminhei os laudos e a documentação para conseguir os remédios pelo estado. A médica nos passou que o medicamento está no Hospital Geral de Caxias do Sul, e seria utilizado por outra criança que faria o tratamento, mas acabou falecendo. É muito difícil alguém ter esse valor, então o estado precisa disponibilizar”, diz.

Em paralelo, se mantém as despesas para o tratamento, com os deslocamentos a Porto Alegre e a dedicação exclusiva a Theodoro. “Eu tinha uma equipe de pintura, minha esposa estava trabalhando também, mas tivemos que abandonar tudo em prol da saúde do nosso filho”, afirma o pai. O casal tem outras duas filhas e conta com doações para se manter. “Lutamos com a ajuda das pessoas”, acrescenta Maiquel. As doações são recebidas via Pix, pelo CPF 067.263.750-26, em nome de Theodoro Carvalho Lappe.

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