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ESTRELA

Estudo sugere ações para adequar município ao marco do saneamento

Versão preliminar estipula prazos para metas do novo plano, que contempla os próximos 20 anos. Documento final deve ser entregue até agosto

Versão preliminar passa por análise do comitê participativo (Foto: Rodrigo Nascimento/Divulgação)

O novo plano de saneamento entrou na sua etapa derradeira, a do prognóstico. Na semana passada, a empresa contratada, Lógica Gestão Ambiental e Inteligente, apresentou versão preliminar ao comitê participativo, que vai analisar o documento composto por metas a curto, médio e longo prazo. O documento final deve ser entregue até agosto.

A versão preliminar foi elaborada com base no diagnóstico, marcado por levantamento aprofundado feito nas áreas rural e urbana de Estrela, apresentado em audiência pública no mês passado. O estudo abordou os quatro eixos do saneamento: abastecimento de água, drenagem pluvial, resíduos sólidos e esgotamento sanitário. Desta forma, todas as ações foram pautadas como metas.

“Fase é de esmiuçar as metas”

Em entrevista à Rádio A Hora, a diretora técnica da Lógica, Simone Schneider, explicou os atuais procedimentos. “As metas estão especificadas e elaboradas. Com base nisso, se traça as prioridades – elencadas por tabelamento. Esta fase é de esmiuçar as metas e a forma que serão executadas”, comentou. As metas vão ser divididas em três prazos para serem cumpridas: as de curto prazo, de um a três anos; de médio prazo, de três a sete anos; e as de longo prazo, sem período estabelecido, por se tratar de ações de continuidade.

Conforme Simone, serão cerca de 45 metas. “Os eixos estão com cinco a oito programas, cada um com ‘umas’ cinco ações, então, acredito que vamos ter cerca de 45 (metas)”, explicou sem poder precisar o dado, pois “algumas metas precisam ser validadas”. Ela, ainda, assegura que programas, metas e ações foram trabalhados e alinhados dentro da realidade de Estrela, razão pela qual sugestões ainda podem ser feitas pela população por meio de urnas – dispostas nas secretarias de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade (Sedis) e Infraestrutura, prefeitura e na câmara de vereadores.

Etapas finais

Entregue na sexta-feira passada, 8, a versão preliminar passa por análise do comitê participativo, formado por representantes de secretariados e entidades municipais. Agora, são aguardadas as correções e sugestões para agendar um novo encontro, onde o documento vai passar por uma análise final antes da audiência pública do prognóstico. Por fim, a estratégia vai ao Legislativo para alterar a lei atual.

Iniciado em fevereiro, o novo plano de saneamento deve ser entregue até o fim de agosto, obedecendo o prazo de 180 dias. “O diagnóstico demanda mais tempo e fizemos em três meses. O prognóstico é mais interno e teórico, então vai ficar tudo no prazo”, garante Simone.

Marco regulatório

A atualização viabiliza recursos junto ao governo federal e contempla os próximos 20 anos. O objetivo central é se adequar ao novo marco regulatório de saneamento. Publicado em 2020, ele estabelece que, até 2033, 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% a tratamento e coleta de esgoto.

Em Estrela, o planejamento foi criado em 2012 e deveria ser revisado a cada quatro anos, o que não foi feito. Segundo a diretora do Departamento de Meio Ambiente, Tanara Schmidt, a falta de revisão se deu pelas “demandas da gestão anterior”.

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