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Estrelense é destaque em prêmio de arquitetura

Usar a arquitetura como ferramenta de mudança social. Essa foi a motivação para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Gustavo Luis Gorgen, de Estrela, diplomado em Arquitetura e Urbanismo pela Univates. Em seu estudo, ele propôs a criação do Memorial Nacional pela Justiça, Verdade e Direitos Humanos, um espaço que reúne as memórias nacionais do período da Ditadura Militar, com os objetivos de proporcionar o conhecimento da história nacional ao visitante, homenagear as vítimas do período militar e “que sirva como estimulador da mudança e como instrumento para eterna vigilância da democracia”, conforme explica o arquiteto.

Premiação

O TCC de Gorgen foi um dos destaques do Prêmio IAB – RS José Albano Volkmer, promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – RS. Essa premiação reconhece os melhores trabalhos de conclusão de curso de cada semestre letivo de todos os cursos de Arquitetura e Urbanismo do Estado e entrega um diploma de menção honrosa para os autores dos trabalhos durante a colação de grau. O arquiteto comemora. “É uma honra enorme receber esse reconhecimento. Ele me motiva ainda mais a seguir acreditando na arquitetura como ferramenta de mudança social e a trabalhar por uma sociedade mais justa e igualitária. Essa discussão é algo importante para que isso não volte à tona.”

MARCO DA MEMÓRIA POLÍTICA DO BRASIL

Para Gorgen, a partir do conhecimento sobre o passado, a proposta para o Memorial, junto à Usina do Gasômetro, no Centro Histórico de Porto Alegre, simboliza um marco da memória política do país e das vítimas que sucumbiram durante a ditadura. “Seguindo exemplo de países como Colômbia, Chile e Alemanha, que possuem memoriais que eternizaram períodos semelhantes, eu acredito que no Brasil seja necessário um espaço que eternize essa memória para que isso jamais se repita, e que sirva como instrumento de mudança social e elemento de eterna vigilância para a nossa jovem democracia”, aponta.
Para o coordenador do curso na Univates, Cristiano Zluhan Pereira, a arquitetura que retrata a memória é bastante desafiadora, pois se propõe a ser a materialização de sentimentos, momentos e lembranças. “O sentimento é único para cada indivíduo e por isso a complexidade quando se projeta algo que representará todos esses sentimentos. No caso da proposta do Gustavo, o resultado é excepcional, criando ambientes de reflexão, de reconhecimento, de sensações, utilizando luz e sombra, o percurso, tudo isso integrado a um entorno de cidade existente e complexo.”

 

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