Apresentada em reunião de diretoria da CIC-Vale do Taquari, a pesquisa de perfil das empresas no comércio eletrônico mostra a dificuldade para o avanço do e-commerce na região.
Com mais de 200 empresas participantes, sendo 61% do comércio e 39% dos serviços, o estudo mostra que apenas 41% já vende ou demonstra interesse em vender na internet, enquanto 81% prefere o atendimento na loja física.
Entre as empresas que atuam também com o comércio eletrônico, o setor representa mais de 40% do faturamento. Entre as motivações para manter operações pelo e-commerce, 82% destacam a atração de novos clientes e a necessidade de acompanhar a tendência.
Os principais canais de venda apontados na pesquisa são WhatsApp, Instagram e Facebook, dado que explica a quase inexistência de páginas próprias para venda direta na região.
A pesquisa mostra que apenas 28% das empresas faz anúncios regulares na internet. Entre as dificuldades apontadas como motivo para a não investir no e-commerce, 29% alegam falta de mão de obra qualificada e 21% afirmam considerar o custo fixo elevado.
Os números mostram que as empresas do varejo regional ainda carecem de maturidade digital. Mesmo entre as que compreendem a necessidade de manter uma presença na internet, a maior parte das iniciativas se resume às redes sociais – um problema grave.
A página de uma empresa nas redes sociais não pertence à ela, e sim aos gigantes da tecnologia, que emprestam o espaço em troca dos dados fornecidos pela empresa e seus consumidores.
Ou seja, os clientes pertencem às companhias do Vale do Silício e recebem anúncios direcionados por elas.
Como a lucratividade das redes está baseada em publicidade dirigida, aparece quem paga mais. Ao terceirizar o espaço virtual, nossas empresas correm o risco de perder vendas em potencial para seus concorrentes – sejam eles da região ou de fora.
