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Duas semanas de queda no número de infectados

ESTRELA – Já são duas semanas em que os casos ativos de pacientes com Covid-19 estão diminuindo em Estrela. No dia 12 de março eram 199 ativos e nesta quinta eram 157. A mesma remissão ocorre na UBS Boa União e no Hospital Estrela, em atendimentos no Pronto Atendimento Covid e internações clínicas. Porém, nem tudo é dado positivo. O gerente administrativo da Rede de Saúde Divina Providência, Johnnie Locatelli, explica que não foi percebida redução de atendimento a pacientes graves. Nos últimos sete dias, foram nove óbitos na instituição. “Alguns pacientes que estavam na Unidade de Internação (UI) acabaram evoluindo com necessidade de leito de UTI. Dos pacientes internados no momento, apenas 16% internaram nos últimos sete dias”, comenta.

Falta de medicamentos preocupa

Na terça-feira, o Estado repassou 1,3 mil ampolas do medicamento Fentanila e na quinta 630 ampolas de Morfina. Ambos fazem parte do kit intubação, porém a Fentanila apresenta maior consumo, pois possui ação sedativa para pacientes com Covid-19. Locatelli explica que o estoque ainda estava preservado, mas com o consumo aumentando muito nas últimas semanas. Atualmente, a maior dificuldade é na compra dos bloqueadores neuromusculares, que também são utilizados na intubação. “Não estamos conseguindo reposição e o estoque já está em nível crítico. Desde fevereiro estamos solicitando apoio da Secretaria Estadual de Saúde para fornecimento, porém eles não estão conseguindo adquirir”, explica. O gerente não informa para quantos dias o remédio ainda estará disponível.

 

Falta de medicamento assusta profissionais da área da saúde – Coluna Dr. Fernando Fernandes – CRM 10065
Diretor Técnico do Hospital Estrela (HE) Rede de Saúde Divina Providência

“Está nos assombrando a falta de medicamentos. Acionamos os fornecedores e não nos dão retorno, precisamos de ajuda na questão dos remédios, se não conseguirmos repor estoque vamos ter de parar…” (Texto extraído do relato de José Clóvis Soares, diretor-geral de Operações de Saúde da Rede de Saúde Divina Providência, feito na reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa no dia 17 de março).

Quais são estes medicamentos?

Tratam-se de drogas de uso comum em procedimentos anestésicos para cirurgia. Elas podem ser divididas em três grupos: analgésicos do grupo dos opiáceos, cujo representante mais citado é o Fentanil; indutores anestésicos e sedativos representados nas reportagens pelo Midazolam e, por fim, os bloqueadores neuromusculares, que é representado pelo Rocurônio.
Esses fármacos são usados nas UTIs a fim de manter os pacientes em respiração contínua, cada um na sua função: o opiáceo age em sinergismo com o sedativo, causando sedação e alívio de dor; já o bloqueador neuromuscular bloqueia a contração muscular, promovendo um relaxamento da musculatura e facilitando a ventilação mecânica dos pulmões.

 

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