Jornal Nova Geração

Dez meses de Covid-19

*Coluna do Hospital Estrela

Em março do ano passado, entrávamos em quarentena. Muitos de nós achávamos que a pandemia da Covid-19 duraria não mais que dois ou três meses. Hoje, dez meses depois, vemos o impacto que o coronavírus trouxe à vida das pessoas. Mudança de rotina, novos hábitos, desemprego, novos cuidados e muitas preocupações chegaram com a pandemia. Em janeiro de 2021, assistimos cenas de aglomerações pelo Brasil todo.

Na Praia do Rosa, em Santa Catarina, por exemplo, houve registros de ruas lotadas e pessoas sem máscara durante os feriados de final de ano. No Rio Grande do Sul, não foi diferente. Em Capão da Canoa, a imprensa registrou cenas de festas e encontros com milhares de pessoas à beira-mar. Coincidentemente, neste mês, o Brasil alcançou a marca de 200 mil mortes pela doença. No nosso Estado, o número de óbitos chegou a dez mil. Depois de dez meses de isolamento social, todos sabem a gravidade do coronavírus no país e conhecem os protocolos de controle da disseminação do vírus, mas ainda insistem em descumprir as normas estabelecidas pelas autoridades de saúde.

Quem mais sofre os impactos dos aumentos de casos são os profissionais de saúde. Na linha de frente do combate ao coronavírus, esses trabalhadores têm enfrentado níveis de estresse elevados, além de preocupação com o momento atual e cansaço físico. No Vale do Taquari, o Hospital Estrela (HE) tem oferecido, aos seus colaboradores, acompanhamento constante com psiquiatras e psicólogos para minimizar os danos trazidos pela pandemia, como ocorre nos demais hospitais da Rede de Saúde Divina Providência. O Diretor Técnico do HE, Dr. Fernando Veloso, comenta sobre o estado de exaustão dos profissionais. “As aglomerações e o aumento de casos da Covid-19 acabam provocando um esgotamento no sistema de saúde. Esse esgotamento se dá em diversos níveis: seja em recursos materiais ou humanos”, destaca

Vacinação traz esperança

Há pouco mais de uma semana, o Brasil iniciou a vacinação. Esse fato trouxe esperança, alegria e muito entusiasmo. A chegada da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com o Laboratório Sinovac Biotech e da Astrazeneca, além da Fiocruz, é um passo importante rumo ao fim da pandemia. É importante lembrar que a vacina é o único caminho disponível para combater a Covid-19.

“A vacinação é muito importante para que possamos diminuir o índice de contaminação e promover um alívio nas internações hospitalares, embora, nesta primeira fase, a prioridade de vacinação seja de pessoas dos grupos de risco. Grupos esses que mais impactam no aumento de internações e ocupações de leitos clínicos e de UTI”, reitera Dr. Veloso. Ele também destaca que a vacinação dos profissionais de saúde é indispensável. “Assim evitamos baixas nas equipes de atendimento neste momento em que elas são fundamentais”, reforça.

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