O Jornal NG publica nesta semana mais um Cafezinho com NG. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades. Nesta edição, Sirlei Lohmann, diretora da Escola Estadual de Ensino Médio (Eeem) de Estrela, fala sobre sua trajetória como educadora. Ela assumiu a diretoria da escola para a gestão 2022/2024.
ENTREVISTA
Jornal NG – Como é ter chegado na diretoria depois de anos se dedicando à Escola?
Sirlei Lohmann – É um sonho realizado. Para muitos pode ser fútil falar que é um sonho, mas eu amo ser educadora. Tenho uma caminhada de muitos anos dentro da escola que amo e acompanhei os antigos diretores, por meio disso acabei enxergando meu potencial. Tenho perfil de liderança e meus colegas me apoiaram. Isso acontece quando se tem harmonia e o grupo se conversa. Eu busquei a opinião de todos sobre isso, e se eles não concordassem, eu não iria concorrer. Foi algo mútuo entre a equipe e os alunos e anos de construção. Vou administrar a escola com todo meu coração.
Jornal NG – Quais são os principais desafios nesta gestão?
Sirlei Lohmann – Nosso maior desafio, apesar de termos uma estrutura muito boa, é construir uma cozinha e um refeitório. Nós nos viramos bem com um puxadinho que temos, mas ainda não é o suficiente. Vamos construir este espaço. Fora isso, temos boa estrutura e as antigas administrações sempre priorizaram um espaço limpo e organizado. No âmbito pedagógico, somos uma escola piloto na nova base curricular de ensino médio e estamos em fase de adaptação há 3 anos. Teremos a primeira turma do 3° ano concluindo este primeiro ciclo. Não tivemos nenhuma formação sobre isso, só fomos acompanhando e adaptando a ementa, fomos construindo o novo ensino médio do nosso jeito.
Jornal NG – Como foi sua trajetória na escola?
Sirlei Lohmann – Quando eu estava no 2° do ensino médio, pedi pra minha mãe me matricular na EEEM de Estrela. Tinha a sensação de que não rendia bem nas outras escolas. Quando iniciei aqui, eu amei de paixão essa escola. Me formei em 1997 e fui fazer ciências biológicas na Univates. Me formei em 2000, com 19 anos, e logo fui chamada para trabalhar Eeeb Nicolau Mussnich. Em 2001, o vice-diretor daqui me ligou perguntando se eu poderia assumir as turmas do 2° e 3° anos para dar aulas de física. Como não tinha experiência com essas séries, estudei muito para poder assumir essa vaga. Não saí mais. Fiquei de 2001 a 2012 como contratada e depois passei no concurso. Foi um caminho construído, sempre me dediquei à esta escola.
Jornal NG – O que significa ser educadora para você?
Sirlei Lohmann – Pra mim é tudo e eu me sinto muito realizada. Se alguém me falasse que eu não poderia mais ser professora, eu não saberia o que fazer. Depois das aulas eu saio tão feliz, com uma enorme sensação de felicidade por ter tido uma troca gratificante com os alunos. Eu lembro dos meus alunos mais antigos e vibro com a felicidade deles.
