Jornal Nova Geração

ENTREVISTA

Cafezinho com NG | Marcelo Sehn

O vice-presidente da Avates fala sobre como funciona a instituição de voleibol de base

Foto: Arquivo Pessoal

Como iniciou o seu envolvimento com o vôlei de base e a Avates?
Marcelo Sehn – O meu envolvimento com o vôlei começa aos 13 anos de idade. Na escola eu fui apresentado ao vôlei e desde então faz parte da minha vida. Fui atleta, fui árbitro e até por um pequeno período eu trabalhei como treinador. No ano 2000, eu fui convidado pelo então treinador do Colégio Martin Luther, o hoje falecido Sandro Tomaggi, e pelo ex-diretor, professor Werner Hilgerman, para iniciar um projeto de voleibol dentro da escola.

Qual é a importância do esporte de base?
Marcelo Sehn – O esporte de base, seja ele qual for, acho que é a principal ferramenta que nós temos pra formação de jovens, de crianças. Ajudamos na formação do caráter, a formar cidadãos mais comprometidos, mais interessados, afastar das drogas, da prostituição, da violência. Então, eu penso que esse é o principal caminho para começar a mudar as coisas no nosso país, né? Percebo o esporte de base como um alicerce pra formação das pessoas. É uma pena que hoje a administração de Estrela não tenha mais essa visão com o vôlei feminino e nem projeto de base nós temos mais no município, né?
Nós tivemos projetos de escolinhas no turno inverso das escolas do município desde a época do prefeito Celso Brönstrup. Este ano a prefeitura não teve mais interesse em renovar pra gente continuar com as escolinhas. É uma pena.

Muitos atletas saíram da Avates para a Seleção Brasileira. Qual é o seu sentimento?
Marcelo Sehn – Me sinto honrado e orgulhoso de poder propiciar a essas meninas que fazem do vôlei a sua profissão? Mas não é só isso que me encanta. Eu acho que tem muitos outros valores aí que essas atletas conquistaram no nosso projeto da Avates. Muitas acabaram fazendo universidade, jogando tanto no Brasil quanto no exterior. Muitas escolheram uma profissão depois de conhecer o vôlei, então me enche de orgulho poder propiciar tantas e tantas meninas que já receberam bolsa de estudo no colégio. Me dá uma sensação de dever cumprido em poder propiciar isso a tantas e tantas meninas que já passaram pelo nosso projeto.

Como avalia o impacto das ações sociais da Avates para promoção do voleibol no Vale?
Marcelo Sehn – A Avates foi quase que a pioneira no vôlei feminino da nossa região. Com a prefeitura e com a iniciativa privada a gente conseguiu construir um projeto muito sólido, consistente e que ganhou muita fama. Hoje, a gente se tornou uma referência não só aqui no Rio Grande do Sul, mas a nível de Brasil. Conseguimos agregar na nossa trajetória grandes treinadores. Infelizmente, o Rodrigo Roter, que está junto comigo desde 2000, agora de apoio, acabou saindo do projeto. Recebeu uma proposta pra trabalhar em Lajeado e eu só posso desejar a ele muito sucesso. Mas a gente está batalhando, está tentando achar formas de reverter a situação.

É possível hoje dizer que o Vale do Taquari é a “terra do voleibol feminino”?
Marcelo Sehn – Sem dúvida.Hoje o Vale do Taquari é a principal base do voleibol feminino gaúcho. Já temos aí o projeto em Teutônia se consolidando, um projeto em Lajeado. Nós estamos agora passando por algumas turbulências, por falta de apoio.
Temos também o festival internacional de voleibol, que ocorreu pelo sexto ano e já está no calendário do voleibol nacional. É hoje o maior campeonato de vôlei feminino do Brasil. Foram mais de duas mil pessoas circulando em Estrela gastando no nosso comércio, nos nossos restaurantes, nos nossos bares deixando um dinheiro bem considerável no nosso município.

O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.
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