Jornal Nova Geração

Apenas sete mulheres eleitas

VALE DO TAQUARI – Enquanto a participação de mulheres nas Câmaras de Vereadores cresce, mesmo que de forma lenta em algumas capitais do Brasil, o cenário é diferente em muitos municípios. Nas cidades de cobertura do Jornal NG, onde 49 vereadores foram eleitos no domingo, apenas sete são mulheres.
Imigrante foi o único que registrou uma mulher como a mais votada e também é a cidade que mais elegeu vereadoras. Rejane Prediger (MDB) teve 144 votos e terá a companhia de Marlise Wommer, do mesmo partido, e de Dolores Trombini (PP) na Casa. Estrela e Colinas elegeram uma e Fazenda Vilanova duas mulheres.

Sem representatividade

Na contramão, Bom Retiro do Sul é o único município que não terá nenhuma vereadora. O cenário ocorre desde o pleito de 2012. A última mulher que ocupou cadeira no Legislativo foi Regina Klock Mallmann, eleita em 2008. Em 2020, ela tentou vaga em Estrela, mas ficou como suplente.
“Infelizmente, há algum tempo, o município não elege mulheres para ocupar uma cadeira na Câmara. Sabemos do olhar diferente que a figura feminina tem no cuidado das coisas, e seria muito bom termos essa presença no Legislativo. Creio que pode haver um envolvimento maior das mulheres na política, para que elas ampliem seu espaço dentro desse cenário”, destaca o presidente da Câmara de Bom Retiro do Sul, Antônio Gilberto Portz (DEM).

Vereadora solicita recontagem de votos em Bom Retiro do Sul

Uma candidata a vereadora de Bom Retiro do Sol, Jéssica Cardoso (MDB), pediu recontagem de votos após as eleições de domingo. Jéssica, de acordo com o TSE, computou 27 votos e, com o resultado, ficou como suplente.
Para a candidata, ela fez mais votos, inclusive, porque o primo e o pai trabalharam como fiscais e eles teriam constatado a presença de mais votos nos extratos do que no portal do TSE. Além disso, Jessica disse, em uma rede social, que não teve seu próprio voto computado. O pedido ainda não chegou na 21ª Zona Eleitoral, em Estrela.

Fim das coligações, menos partidos

Por conta do fim das coligações para o pleito deste ano, medida aprovada pelo Congresso na Reforma Eleitoral de 2017, houve maior impacto nas Câmaras de Vereadores de cidades menores. Nota-se que a maioria perdeu partidos.
Isso porque os vereadores somente puderam disputar o cargo por meio de chapa única dentro do partido filiado. O voto dado a um candidato é primeiro considerado para o partido. O total de votos de um partido é que define quantas cadeiras ele terá. Definidas as cadeiras, os candidatos mais votados do partido são chamados a ocupá-las.
Só que a coligação funcionava como um partido único. Isso significa que, ao votar em um candidato proporcional de um partido coligado, o eleitor concedia seu voto a favor de toda a coligação, o que parou de ocorrer em 2020.

Definição de vagas

A definição de vagas para um partido e a permanência dele na Câmara é definido pelo quociente eleitoral, utilizado pela Justiça Eleitoral para definir os vencedores nas eleições proporcionais. O valor é calculado dividindo o número de votos válidos pela quantidade de vagas no Legislativo em disputa. De acordo com a legislação, somente os partidos que atingem o quociente eleitoral têm direito a vagas no Legislativo.
Para definir quantas vagas serão de direito de cada um dos partidos, o número de votos válidos obtidos pela legenda é dividido pelo quociente eleitoral – cálculo que dá origem ao chamado quociente partidário. O resultado, tirando as casas decimais, corresponde ao número de vagas que será ocupado por representantes do partido.

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