Jornal Nova Geração

A alguns meses do fim da poeira

VALE DO TAQUARI – O tempo seco só piora a qualidade de vida de quem mora às margens de estradas não pavimentadas. Por conta da poeira, roupa limpa no varal vira lenda e sentar para tomar um chimarrão em frente à residência também. A situação é ainda mais estressante quando a estrada serve para escoamento de produção, caso da Jacob Mallmann, em Linha São Jacó, no interior de Estrela, onde o movimento de veículos é grande.
Mas o cenário já está mudando para parte dos residentes da via. Ainda no governo de Rafael Mallmann, em novembro, foi autorizado o início da pavimentação de um trecho com extensão de pouco mais de um quilômetro, com 6.262 metros quadrados, a ser realizada pela Conpasul. Agora, a obra, que custará R$ 727,2 mil, recurso proveniente do Financiamento para Infraestrutura e Saneamento (Finisa), já está em andamento.

Demanda é aguardada há mais de 30 anos pela comunidade

Nelson Strauss, de 61 anos, nasceu na São Jacó e, desde então, reside no mesmo local, no início da parte ainda não pavimentada da estrada. Ao lado da esposa e da filha, comemora a pavimentação e destaca que essa era uma demanda de pelo menos 30 anos, solicitada em muitos governos anteriores. “O barulhinho das máquinas é bem-vindo. Realizamos várias reuniões ao longo dos anos, com outros governos. Teve uma vez que foi feito um contrato com participação de R$ 400 mil do município e R$ 1 milhão do Estado, na época do Celso Brönstrup, e quando a Yeda Crusius não se elegeu, morreu o contrato e o prefeito precisou lutar para pegar esse dinheiro de volta”, recorda.
Até a divisa com o município de Teutônia, o trecho tem extensão de 2,6 quilômetros, ou seja, ainda faltará metade da estrada a receber o asfalto. “Ficamos contentes que veio o asfalto, mas estaríamos mais se os outros moradores também tivessem sido beneficiados”, comenta Célia. “Ano passado brinquei com o prefeito que queria que o asfalto ficasse pronto junto com a minha casa nova, mas a casa ficou pronta e o asfalto nem tinha começado”, brinca a moradora.
Na casa, os vidros da janelas ficam trancados na maioria do tempo para evitar que a poeira entre. “Aqui passa muito caminhão, por ser uma ligação importante com Teutônia. Além da poeira, dava muitos buracos ali para frente. A gente preferia a estrada em más condições do que boas, porque daí passava menos gente”, comenta Strauss.
“Na casa nova eu não quis nem as aberturas clarinhas, pois não sabia quando ia ter asfalto. Daqui um tempo vai dar para tomar chimarrão aqui na frente”, comemora Célia.

Prazo para conclusão era fevereiro

No local da obra, em um painel informativo, as informações são de que o serviço iniciou em novembro e estaria finalizado em três meses, nesta quinta-feira, dia 11. De acordo com a família, o trabalho no local começou há cerca de três semanas. O novo secretário da Agricultura, Douglas Sulzbach, não informou à reportagem se há uma previsão de conclusão do trecho, mas disse que a empresa já abriu as valas e realizou medições. “Acreditamos que nas próximas semanas já se tenha mais para ver. Essa pavimentação é de grande importância para a região produtora, visto que houve uma evolução significativa nos modelos de produção rural e as agroindústrias necessitam de boas estradas para receber os caminhões que irão fazer a logística dos nossos produtos”, comenta.

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