A memória da terra dos imigrantes, desde antes da colonização alemã e italiana até os dias atuais, será retratada ao longo de 14 capítulos em ordem cronológica. O livro da história do município, que está em fase de elaboração e pesquisa de dados, deverá abordar aspectos como a chegada dos descendentes, religiosidade, cultura, evolução político-administrativa e desenvolvimento econômico.
A previsão é que a obra seja lançada em maio de 2024, junto às festividades de 36 anos da cidade. Organizado por Jorge Luiz da Cunha, coordenado por Erny Mügge e colaboração de uma comissão composta por oito pessoas, o objetivo é descrever fielmente a história do município.
O projeto está relacionado às comemorações do início das migrações europeias para o Brasil, com a fundação da Colônia de São Leopoldo, em 1824. Divida pelos distritos de Arroio da Seca, de Estrela, e Daltro Filho, de Garibaldi, Imigrante teve sancionada a lei de criação do município em 1988. No entanto, alguns fatos ainda precisam ser registrados.
O coordenador Erny Mügge é imigrantense e residiu na cidade até os 12 anos. Motivado pela curiosidade e contato com os avós, escreveu dois livros sobre as primeiras famílias que exploraram o município, um deles “O sonho dos irmãos Mügge”. Devido a isso, descobriu acontecimentos que não foram apontados. “Resgatar a história, pessoas e seres humanos é importante para que tenhamos compreensão de onde viemos. Aprendemos com isso”, comenta.
Segundo ele, o livro vai ser escrito “a partir de Imigrante, sobre Imigrante”. O coordenador ressalta que é fundamental a participação da comunidade e a necessidade de que se reconheçam na narrativa.
Neste aspecto, o secretário de Educação, Carlos Lutterbeck, destaca que atividades com a população fazem parte da elaboração do livro. Ações como rodas de conversas e entrevistas devem ocorrer para captação das informações. “Sentimos falta de alguns dados precisos sobre a cidade e também temos pessoas com memórias vivas. Não podemos deixar esses registros se perder”, aponta.
Levantamento tumular, de casas antigas e peças importantes e pesquisa de atividades agrícolas, artesanais, comerciais, industriais também serão analisadas. “Temos uma história tão linda que merece ser contada”, destaca o secretário.
